quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

ASSENTAR NOS LUGARES CELESTIAIS


Ef 1:9-11 NVI “E nos revelou o mistério da sua vontade, de acordo com o seu bom propósito que ele estabeleceu em Cristo, isto é, de fazer convergir em Cristo todas às coisas, celestiais ou terrenas, na dispensação da plenitude dos tempos. Nele fomos também escolhidos, tendo sido predestinados conforme o plano daquele que fez todas as coisas segundo o propósito da sua vontade;”

Vimos na semana passada (As três atitudes de um crente) que a vida de um cristão só será agradável a Deus, se estiver adequadamente ajustada a Ele em todos os sentidos.

As Sagradas Escrituras afirmam com clareza que a vontade de Deus está em “fazer convergir em Cristo todas às coisas... em quem também fomos feitos herança”.

Vimos que o propósito divino para nós é resumido em Ef 1:12 “a fim de que nós, os que primeiros esperamos em Cristo, sejamos para o louvor da sua glória”.

A vida do cristão sempre apresenta três aspectos: UM que se refere a DEUS, OUTRO que se refere ao ser HUMANO e o OUTRO que se refere aos PODERES SATÂNICOS.

Se quisermos ser úteis nas mãos de Deus, devemos nos ajustar de modo adequado com respeito a esses três aspectos:

NOSSA POSIÇÃO EM CRISTO - assentado em Cristo Jesus a Direita de Deus Ef 2:6;

NOSSA VIDA NO MUNDO - andando em santidade e vitória Ef 4:1;

NOSSA ATITUDE PARA COM O INIMIGO – Firmes contra as astutas ciladas do Diabo Ef 6:11.

A vida cristã não começa com o andar; começa com o assentar.

Iniciamos nossa vida cristã, quando pela fé nos vemos assentados ao lado de Cristo no céu.

O cristianismo não começa com um grande FAÇA, mas com um grandioso JÁ FOI FEITO, porque somos salvos não pelas obras, mas “pela graça... por meio da fé”  Ef 2:8.

E enquanto não procedermos desta maneira, NÃO SOMOS CRISTÃOS.

Assentar é uma atitude de descanso, porque nós só avançamos na vida cristã se aprendermos em primeiro lugar a assentar-nos.

Adão foi criado no final do sexto dia, desta forma o primeiro dia do homem sobre a terra foi o sétimo dia, o dia do descanso. A vida do homem iniciou com descanso.

Adão só pôde descansar porque Deus tinha acabado a obra da criação e hoje só podemos estar assentados em Cristo Jesus porque a obra de redenção foi completada.

A solução para todo o tipo de problemas está em que quando Jesus morreu na cruz do calvário, não apenas levou os nossos pecados, mas levou-nos juntamente com Ele, por isso estamos mortos com Ele e morto não sente e nem se ofende.

Por essa razão, toda vez que a nossa carne, ou o velho homem, quer tomar o controle, podemos dizer a Cristo: “Senhor, não consigo amar, e desisto de ficar tentando, e tentando sem parar, mas confio em teu amor. Não consigo perdoar, mas confio em que tu podes perdoar em meu lugar, e fazer isso daqui em diante em mim”.

Deus está esperando que paremos de tentar fazer as coisas.

Veja bem isso: quem já tentou salvar uma pessoa que está se afogando?

O problema do afogado é que seu medo o impede de confiar plenamente em quem está tentando salvá-lo.

Nesse caso, há apenas duas atitudes a tomar: ou você lhe dá uma pancada de tal maneira que ele desmaie ou você o deixa se debater e gritar até perder as forças, para então poder salva-lo.

Da mesma forma, Deus está esperando que nossas forças se esgotem totalmente, antes de poder salva-lo, porque Deus não mede forças com ninguém.

Ao pararmos de lutar, Deus fará a obra. Deus está esperando que você perca toda esperança em si mesmo e na estrutura material que o mundo nos oferece.

Não há nada que possamos fazer, “Ele já fez tudo”, e as fez perfeitas!

Das parábolas de Jesus, a do filho pródigo constitui a melhor ilustração da maneira de agradarmos a Deus.

Assim disse o pai, Lc 15:32: “Era justo alegrarmo-nos e folgarmos”.

Com essas palavras Jesus nos revela o que é que, de modo supremo, na esfera da redenção, alegra o coração de Deus Pai.

Não é o irmão mais velho que trabalha sem cessar para o pai, mas o irmão mais novo que permite

que o pai faça tudo por ele.

Não é o irmão mais velho que sempre quer ser aquele que dá, mas o irmão mais novo que está sempre disposto a receber.

Quando o filho pródigo voltou para casa, após ter gastado suas forças e bens, numa vida de pecado, o pai não proferiu uma palavra de recriminação contra a passada luxúria do filho, nem uma única palavra a respeito da perda dos bens.

O pai não se entristeceu por causa das perdas; apenas alegrou-se pela oportunidade que o retorno do filho lhe concedia de gastar ainda mais com ele.

Deus é tão rico que sua principal alegria consiste em dar.

Suas câmaras de tesouros estão tão repletas que lhe dói o fato de nós nos recusarmos a dar-lhe oportunidade de despejar sobre nossas vidas as riquezas que Ele armazenou para os seus servos.

A alegria do pai foi poder ver no filho pródigo alguém que poderia usar a melhor túnica, o anel, as sandálias e ser homenageado com um banquete.

A tristeza do pai foi que o filho mais velho não se posicionou para receber tantas bênçãos.

Deus, o nosso Pai se entristece quando nós tentamos fazer coisas para Ele, pois Ele é riquíssimo.

A verdadeira e imensa alegria de Papai é o fato de permitirmos que Ele nos dê, e continue a dar-nos sem parar.

Causa-lhe tristeza o fato de tentarmos fazer coisas para Ele, pois Deus é absolutamente capaz e soberano.

Ele almeja que nós apenas deixemos que Ele faça, vá fazendo e continue a fazer coisas por nós.

Deus quer ser eternamente aquele que dá e faz coisas por nós.

Se apenas pudéssemos ver como Ele é rico e grandioso, deixaríamos em suas mãos a tarefa de dar e de fazer.

Crê você que se parar de tentar agradar a Deus seu bom comportamento vai cessar?

Se você interromper a tentativa de dar e de fazer coisas, e deixar tudo nas mãos de Deus, será que os resultados serão menos satisfatórios do que se você se esforçasse nessas atividades para Deus?

Quando procuramos fazer essas coisas por nós mesmos, colocamo-nos de volta debaixo da lei.

Todavia as obras da lei, ainda que sejam nossas melhores obras, nossos melhores esforços, não passam de “obras mortas”, abomináveis diante de Deus, porque não são eficazes.

Nessa parábola, os dois filhos estavam longe das alegrias do lar provido pelo pai.

É verdade que o filho mais velho não estava em um país distante; mas estava em casa apenas teoricamente. “Olha, sirvo-te há tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste...”

O coração desse filho nunca encontrou descanso, porque sua posição estava presa às boas obras.

Então pare de “dar” e você comprovará que Deus gosta de dar.

Pare de “trabalhar” e descobrirá que Deus trabalha por você.

O filho mais novo estava totalmente errado, mas voltou para casa e encontrou descanso.

Porque é aí que a vida cristã se inicia, no descanso.

Ef 2:4,6 Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, ... nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus;”

0 comentários:

Postar um comentário